segunda-feira, 9 de março de 2009

Adotar um animal de estimação

Aproveitando o exemplo da Vera e sua família, que retiraram a Lika ainda pequenininha da rua, gostaria de falar sobre a importância de adotar um animal abandonado.

A importância de adotar um animal abandonado.

Todos sabem que, no Brasil, existem muitos cães e gatos abandonados, vagando pelas ruas ou nos abrigos, que estão cada vez mais lotados. Eu estudei na UFRGS e pude ver o problema de perto (inclusive a Lua, minha cadela, foi adotada lá). Algumas pessoas deixavam caixas cheias de filhotes na porta do hospital ou até mesmo cães adultos, que eram levados para receber atendimento veterinário, eram abandonados pelos donos (provavelmente porque não queriam pagar a conta dos tratamentos).

É importante lembrar que cães e gatos abandonados normalmente não estão nos abrigos porque têm algum problema comportamental ou de saúde. A maioria dos casos de abandono é por irresponsabilidade dos antigos donos, que compraram ou pegaram um bichinho sem pensar nas consequências disso, sem estar completamente cientes da responsabilidade que é ter um animal de estimação e, quando as coisas não deram muito certo, acabaram por deixar os animais nas ruas, de onde, se tiverem sorte, vão para os abrigos dos protetores de animais.

foto da cadelinha Lua
Imagem 1: Lua, a minha cadelinha, que foi adotada no Hospital Veterinário da UFRGS

Outro problema sério é quando os proprietários não castram seus animais de estimação e acabam aumentando ainda mais o número de animais abandonados (caso das caixas cheias de filhotes na porta das clínicas e hospitais veterinários - isso é muito mais comum do que se imagina).

Os vira-latas (grande maioria dos animais abandonados) são absolutamente dedicados a seus donos. Além de serem muito espertos, dificilmente ficam doentes (se forem bem cuidados, é claro) e quase não têm propensão a doenças genéticas, que causam muitos transtornos e gastos, como acontece freqüentemente com animais de raça.

Os animais adotados demonstram uma gratidão imensa pelas pessoas que os cuidam. Com cuidados, disciplina e carinho, é raríssimo ver um vira-lata, por exemplo, bravo ou com problemas de agressividade e dificilmente eles tentarão desafiar a liderança do dono, o que torna a convivência com eles ainda mais amigável e divertida.

Sem falar que amor é amor em qualquer circunstância, independentemente se o pêlo é longo ou curto, se é bege, preto ou marrom, se a orelha é caída ou em pé. Seu cachorro vai abanar o rabo enlouquecidamente quando você chegar em casa, vai amá-lo e protegê-lo sempre, seu gato será motivo de muita alegria e risadas, seja ele vira-lata ou não.

Quando você decidir ter um animal de estimação, pense na possibilidade de adotar. Pense em como você se sentirá bem sabendo que deu um lar a um cão ou gato que, sem você, estaria pelas ruas, sem alimento, sem cuidado, sem carinho, correndo vários riscos, tanto em termos de saúde, quanto ficando exposto a crueldades de pessoas (se é que podemos chamar de pessoas) que machucam animais sem dono apenas pelo prazer de ver um ser vivo sentir dor (se é que podemos chamar a isso de "prazer").

Adotando um animal abandonado, você poderá ajudar a diminuir esse problema.

Parabéns à Vera e a todos que adotaram seus animais de estimação, pelo altruísmo e iniciativa de tirar um animal (ou mais) das ruas, por valorizar a vida, mesmo que ela não tenha pedigree!

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